A Importância do Mental Silva Life System nas nossas Vidas
O Método Silva é o resultado, de mais de meio século, de estudos iniciados pelo norte-americano José Silva (1914-1999), fundador da Organização Mundial do Método Silva, também denominado em alguns países estrangeiros por Silvamind que se encarrega da administração de cursos e actualizações de pesquisas em relação ao potencial do nosso Cérebro e da nossa Mente.
José Silva iniciou as suas pesquisas em 1944, pesquisas essas, inicialmente práticas, sendo que, após uma década, e com os resultados obtidos começou então a ter apoio de investigação científica. Cientistas e investigadores de várias áreas aproximaram-se de José Silva de forma a verificarem e testarem o sucesso e a importância deste Método no desenvolvimento do nosso Cérebro e da nossa Mente.
Em 1966 iniciou-se a passagem do testemunho desta metodologia, liderando este ano 111 países e 30 idiomas
A Sede Mundial encontra-se nos Estados Unidos, em Laredo, no Texas, próximo da fronteira com o México.
O Método Silva ensina-nos de forma prática, através de técnicas e ferramentas, a relação existente entre o nosso Cérebro e a nossa Mente, de forma a fazermos um melhor uso das nossas faculdades internas.
O nosso Cérebro metaforicamente falando é como um computador e é dividido em dois hemisférios, o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo e a nossa Mente é como um programador e é dividido em quatro ondas cerebrais, e em três níveis: nível Beta (Consciente), nível Alfa e Teta (Subconsciente) e nível Delta (inconsciente).
Normalmente, na nossa sociedade, podemos dizer que temos uma maior predominância de hemisfério esquerdo, o que na verdade, pode chegar a 94% – 95%, porque a vida, assim fez com que acontecesse, preparando-nos e educando-nos para esta forma de estar, na medida em que o hemisfério esquerdo, trabalha com toda a parte cerebral vinculada à linguagem, lógica, medo, analítico, desconfiança, filtragem de informações e o repetitivo…
O hemisfério direito, por sua vez, é um hemisfério, normalmente, menos explorado e menos utilizado em percentagem, em fase adulta, no entanto, utilizamo-lo garantidamente, sempre numa grande parte do dia, enquanto dormimos e sonhamos, sendo certo, que nas crianças a predominância na sua totalidade é de hemisfério direito, mais ou menos, até os 9-10 anos de idade.
José Silva iniciou os seus primeiros estudos com crianças, em 1944 uma vez que estas não tinham crenças, defesas ou bloqueios como os adultos. Somente em 1948 iniciou os seus estudos com jovens e Adultos.
No seu percurso, sempre destacou grande cuidado e alerta para em relação às mensagens que se passam aos nossos bebés, às nossas crianças e aos nossos jovens, uma vez, que ao trabalhar na totalidade com o hemisfério direito, vão gravar e arquivar essas informações traduzidas em imagens, o que fará com que se tornem um dia, num adulto com valores e crenças, ora benéficas ora bloqueadoras, dependendo desta gravação, resultado desta educação.
No hemisfério direito temos a criatividade, meditativo, intuitivo, aventureiro, sendo que, a maior predominância deste hemisfério, em pessoas adultas, será nos artistas e criativos, como todos nós conhecemos alguém mais com esta predominância e os reconhecemos como “diferentes” defendendo o bom sentido da palavra diferente.
Entre o hemisfério esquerdo e o hemisfério direito existem umas “pontes” denominadas por corpo caloso, onde se faz a passagem da informação de um hemisfério para o outro. No nosso dia a dia, tudo o que apreendemos normalmente é aceite pelo nosso hemisfério esquerdo, que automaticamente analisa e passa para o nosso hemisfério direito através do corpo caloso, o que aceita, tornando-se para este hemisfério, como verdade absoluta, sem qualquer tipo de defesa.
Podemos apercebermos-nos que o nosso hemisfério direito não percebe a diferença entre imagens reais, e imagens que não são reais. Temos o exemplo dos nossos sonhos. Quando sonhamos, sentimos o sonho e tudo o que acontece, com as emoções com que se apresentam, e todas as pessoas, alguma vez na sua vida já sentiu fisicamente/emocionalmente um sonho, tenham estas sido com sensações de medo, tristeza ou alegria até ao acordaram a rir. Mostrando-nos desta forma, como o hemisfério direito assume todas estas imagens, como verdade.
Ao arquivar as informações em imagens, e porque tudo, no hemisfério direito se traduz em imagens, vamos ficar com este arquivo no nosso hemisfério, pelo que, perante um problema ou uma meta, ao imaginarmos como irá decorrer, as imagens que vamos visualizar mentalmente, poderão ser imagens mais positivas, o que nos dará força e persistência para atingir os nossos objectivos, mas se forem imagens negativas, essas, vão trazer-nos o medo e a insegurança, bloqueando-nos e tornando-se mais difícil de alcançarmos tudo a que nos propomos devido à pré-ocupação e ao stress negativo.
O Método Silva ensina-nos como trabalhar estas informações e estas imagens que temos tendência a arquivar, ensinando-nos técnicas não somente para as apagar, bem como, ultrapassar e lidar com o Stress negativo (distress) convertendo-o em stress positivo (eutress).
A intenção inicial do José Silva com as técnicas era aumentar o QI (quociente de inteligência) dos participantes, no entanto, ao longo de vários anos de pesquisas verificou-se que ao trabalhar com frequências cerebrais mais baixas, de forma consciente, se tornou também numa metodologia para organizar não somente o nosso hemisfério esquerdo e de seguida conseguirmos explorar mais e melhor o nosso hemisfério direito.
Desta forma, no nosso dia a dia, permitimos-nos a imaginar (criar novas imagens) e a visualizá-las (recordando estas imagens como presente) trabalhando ao mesmo tempo com a comunicação subjectiva, de forma a melhorarmos mais e melhor a nossa intuição, criatividade e pronta e correta resposta, que são faculdades que já nos são inatas e que nos permitem alcançar não somente o que mais desejamos, bem como a munir-nos de ferramentas para ultrapassarmos as adversidades que ocorram no dia a dia.
Ana Sofia Leal & Luís Conceição