As 10 Etapas do Silva Coaching de Controle Mental Aplicado ao Desporto

 

 

 

As 10 etapas do Silva Coaching de Controle Mental aplicado ao desporto

O Método Silva Internacional é uma metodologia pioneira de Mental Coach (Técnicas de Controle Mental) que visa melhorar a satisfação e a qualidade de vida do indivíduo, encaminhando-o ao sucesso através de estratégias, técnicas e ferramentas aplicadas ao coachee (indivíduo que está a usufruir e a passar pelo processo de coaching) nas várias áreas de interesse da sua vida, permitindo que o processo de auto-realização e sucesso na obtenção de resultados e metas ocorra como deseja.

O Silva Mental Coach para desportistas é uma das grandes áreas de interesse nos desportistas uma vez que facilita o seu auto-desenvolvimento com um plano de ação através do qual se propõe atingir novas metas e eliminar crenças bloqueadoras que o impeçam de alcançar objetivos, metas e resultados, resignificando os seus conceitos internos e melhorando a sua atividade desportiva com foco na realização plena e na obtenção de resultados.

Todo o percurso do Silva Mental Coach se inicia como um caminho, no qual se percorrem várias etapas nas sessões. Exemplifica-se de seguida, de forma genérica, algumas dessas sessões para qualquer desportista, sendo certo, que cada caso é um caso e as vantagens do Silva Mental Coach (método registado e certificado internacionalmente) é a adaptação ao próprio indivíduo e à própria atividade desportiva em causa:

1ª A importância das frequências cerebrais no cérebro e o Relaxamento Mental

2ª Higiene Mental

3ª Gestão do Stress

4ª Atitude de Campeão e Motivação

5ª Imaginação – Criar Novas Referências

6ª Treinamento Mental – Visualização

7ª Programações

8ª Sentimentos na programação – Lidar com as emoções;

9ª Superação de Dor

10ª Diário de programações e de Resultados – Referências de Sucesso

Explicar como funcionam as nossas ondas e frequências cerebrais é uma das prioridades para o auto-conhecimento e em seguida, sim ensinar o praticante a relaxar ou a baixar a frequência cerebral Alfa (frequência aproximadamente a 10 ciclos por segundo) torna-se essencial. Um indivíduo adulto normalmente age, numa frequência beta entre 20 a 21 ciclos por segundo. Pesquisas em vários clientes desportistas do Método Silva demonstraram que apenas cerca de 1 em cada 10 pessoas pensa naturalmente em ondas cerebrais alfa e age em conformidade no nível beta e esta é a primeira barreira para o Sucesso e para a Auto-Confiança em alcançar resultados rápidos e com Sucesso. O desportista deve aprender a baixar a sua frequência cerebral aproximadamente a 10 ciclos por segundo (através da conhecida denominação relaxamento ou meditação) e visualizar os seus objetivos e metas, antes de os realizar objetivamente. Esta etapa permite aprender a trabalhar conscientemente em níveis subconscientes e a gravar essa informação de forma mais reforçada e positiva no hemisfério direito. Veremos que ao longo de todo o percurso, sendo tão simples esta etapa, é uma das mais importantes.

A higiene mental é importantíssima, porque de facto somos o que pensamos. Uma das frases que explica isso é a de Henry Ford: “Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer das formas, está certo”. Assim, é fulcral fazer uma higiene mental e alterar a forma como se fala, porque mudando a forma de falar, altera-se a forma de pensar.

Nesta segunda etapa são aplicados exercícios para que o desportista apreenda uma nova forma de estar, de falar e em consequência de pensar, uma vez que a maioria pensa, no que não deseja e por vezes, até só pensa mesmo nos seus medos e ansiedades e não na meta e no resultado, fugindo desta forma do foco. Nesta etapa trabalhamos a higiene mental de forma a conquistar a atitude de campeão, levando-os a acreditar!

Os exercícios passam por retificar e acrescentar um novo vocabulário à vida quotidiana e em relação à atividade que se pratica, vinculando pensamentos mais positivos e em consequência reações e atitudes de campeão.

Apresentamos aqui uma história, que usualmente se aplica no Silva Mental Coach para desportistas, em que muitos se podem rever na mesma e que explica a importância desta etapa:

Numa manhã a descer uma praia, um praticante de natação viu uma garrafa entre as ondas e a areia e ao agarrar nela surgiu um génio grande e imponente que diz: “Muito grato por me teres libertado, em troca eu te concederei tudo o que desejares.” O desportista responde: “Tudo mesmo, Génio?” e o génio: “Tudo, só tens que dizer o que queres”. E o desportista pediu um carro descapotável vermelho topo de gama e o génio assim o ofereceu.

O desportista: “Também me podes dar uma casa grande e nova? E o génio assim a ofereceu, dizendo “sim, basta querer” até que o desportista volta a pedir “Mas sabes o que eu realmente queria Génio?” O génio responde: “Diz, que será teu, cheio de confiança e gratidão”. E o desportista retorquiu “Eu gostaria de me tornar no melhor atleta do mundo, mas isso eu sei, que nem tu o conseguirás” e o Génio responde “O teu desejo é uma ordem, por muito que queiras, não te vou conseguir tornar no melhor atleta do mundo”

Gestão do Stress e Criar uma atitude de Campeão

Existem dois tipos de stress, o Eutress e o Distress. O Eutress é o stress positivo (o que mantém a plasticidade do cérebro, promovendo o aumento das hormonas como a dopamina, seretonina, oxitocina hormonas que promovem e estabelecem a ligação com a motivação, o bem estar, confiança, reconhecimento e sentimento de recompensa, aprendizagem, bem como a aplicação rápida de conteúdos, entre outros. É aprendendo a trabalhar com o stress positivo (o eutress) que nos vamos motivar e gerar em nós uma atitude de campeão. A motivação para atingir resultados, passa desde a vontade de treinar ao resultado final e é nesta etapa que se trabalha toda a motivação para se iniciar um percurso de treino, o manter e o finalizar.

O stress negativo (distress) promove o aumento da hormona de Cortisol (mais medos e ansiedades, diminuição na aprendizagem, lapsos na memória, bloqueios, procrastinação, entre outros sentimentos negativos). Muitas das vezes nem nos apercebemos ou, não queremos ver, que estamos com distress e simplesmente dizemos que não apetece fazer aquele treino ou justificamos que não atingimos os resultados e as metas porque não nos apeteceu, ou pior, porque não conseguimos, antes de o experimentar…. A importância desta etapa é gerarmos em nós mesmos stress positivo fazendo com que o organismo produza mais dopamina. Esta aplicação trabalha-se com exercícios teóricos e práticos em que o participante se vê mentalmente a reunir todas as condições para atingir os resultados e as metas propostas inicialmente, mantendo e concluindo os treinos com sucesso gerando automaticamente dopamina, a motivação.

5ª Treinamento Mental – Imaginação vs Visualização

Muitas das questões que se colocam nesta etapa que parece tão fácil é a seguinte: Será que me visualizo a ganhar? A marcar um golo? A atingir uma meta numa corrida? Num treino? Numa dieta? Ou será que sou assolado(a) pelos meus medos de não conseguir? Se os medos são os nossos piores inimigos e automaticamente nos torna pouco ou nada confiantes no resultado, o que fazer? Esta etapa passa por re-criarmos novos registos, novas imagens (imaginação) permitindo criar novas referências de memória, para que quando “se pense” (visualize) aquele exercício, com aquele resultado desejado, o mesmo já exista mentalmente dentro de nós como efetuado anteriormente, como se já o tivéssemos alcançado.. O SM Coach foi pioneiro com a visualização e com a imaginação porque de facto, somos seres que mentalmente visualizamos e imaginamos, uma vez que tudo é convertido em imagens e desta forma o cérebro apreende novas realidades permitindo-nos alcançar os nossos objetivos e metas de forma mais célere e com sucesso.

No entanto, existe a necessidade extrema de se avaliar como são ou onde estão estas nossas referências de experiência e memória, isto porque, muitas vezes, as mesmas também são incutidas através de pessoas exteriores, familiares e outros levando-nos à insegurança e às crenças bloqueadoras. Esta é uma das etapas mais importantes e longas a ser trabalhada nas sessões neste processo, fazendo toda a diferença, que é a percepção e eliminação de crenças bloqueadoras. A mesma é efectuada com exercícios regressivos de forma a alcançarmos a informação de onde surgem ou quem nos incutiu estas crenças e reprogramá-las de forma positiva.

Programações e Re-Programações

Quando se fala em programação ou reprogramação, referimo-nos a uma programação mental para determinado objetivo. Já todos alguma vez na vida se ouviram a dizer mentalmente, vezes sem conta, “eu vou conseguir, eu vou conseguir, eu vou conseguir” de facto isto é uma programação… simples, mas é. Porque tudo na nossa vida são programações. A questão é que por vezes quando damos conta estamos a fazer programações erradas, por um lado, porque não nos queremos magoar ou como já ouvimos certamente alguém ou nós mesmos a dizer de forma errada “porque assim já fico a contar com o pior”.

Nesta etapa trabalhamos programações diretas que são gravadas numa frequência cerebral mais baixa, mais ou menos, a 10 ciclos por segundo, na qual se aplicam as frases positivas e corretas a fim de nos programarmos para atingir resultados.

Sentimentos e Emoções na programação

Lidar com o sistema límbico (Lidar com as emoções) que de uma forma geral é o sistema que armazena as nossas emoções e memórias afetivas. No sistema límbico encontra-se a amígdala, considerada a base da memória afetiva.

Depois de se ter trabalhado a parte da programação, trabalha-se a parte emocional de forma a ficar gravada com mais potencial. Senão arriscamo-nos a uma frase como a que foi dita ao génio: “Eu gostava de ser um bom atleta, mas isso, eu sei que nem tu consegues fazê-lo”. A emoção e os sentimentos nas programações são essenciais para as tornar mais reais.

Superação de Dor

Sabemos que a dor física é uma das situações pelas quais as pessoas mais se queixam nos treinos, mas também já sabemos que quanto mais treinamos, mais preparamos o corpo contra a dor e automaticamente reagimos a cada treino que passa de forma mais benéfica, resistente e melhor. No entanto, poderão sempre surgir adversidades num treino, como nos magoarmos e aqui uma das técnicas que ensinamos até conseguirmos chegar junto de algum médico ou de uma equipa de socorros é trabalhar com a luva anestésica. José Silva refere que “a dor é uma mensagem que nos indica que alguma situação está menos bem, ou seja, que há algum problema, mas depois de recebida a mensagem e de a ter respondido, não há necessidade de manter presente o mensageiro”. Então desta forma, uma das técnicas com que trabalhamos é programar o atleta para que, sempre que tenha uma dor, que coloque uma das suas mãos no local (luva anestésica) e mentalize que a dor vai passar e a dor já passou. A dor é relativa ao estado mental daquele que a experimenta e muitos de nós já ouvimos muitos casos em competições em que atletas continuam a competir em situações dolorosas que seria o suficiente para os incapacitar, mas como estão mentalmente concentrados na prova finalizam-na. A técnica muitos já a conseguem fazer sozinhos, outros devem ser programados para tal situação, a questão é saberem e estarem preparados para a usar na altura certa.

Diário de programações e de Resultados – Referências de Sucesso

Trabalhar subjetivamente é extraordinário, mas também devemos organizar o pensamento de forma a permitirmo-nos trabalhar objetivamente escrevendo e criando desta forma referências de sucesso. Como diz Bruce Lipton, investigador genético e biólogo, que nos referencia num dos seus livros como um dos melhores métodos para se trabalhar com o subconsciente, 70 % dos nossos pensamentos são negativos, ora, não somente há que forçar o pensamento a ser positivo como também forçar recordação de situações positivas que nos ocorreram. Aqui se ensina a trabalhar o subconsciente, logo desde a primeira etapa, mas também para o fazer, deve-se trabalhar objetivamente de forma a rever todas as referências de sucesso que vamos alcançando no nosso dia a dia, nos nossos treinos, uma vez que a capacidade de somente nos recordarmos do que acontece de menos bom e de quando não alcançamos o resultado se grava mais facilmente na nossa mente e acaba por nos perseguir em pensamentos. Então como diz José Silva, há que perceber que o percurso do campeão pode passar por treinos menos bons, comentários e criticas que até podem baixar a auto-estima, mas ao escrever este diário vamo-nos permitir criar as referências de sucesso, de forma a perceber que também ao longo deste percurso e caminhada se está a atingir resultados. Desta forma geramos motivação para acreditar, se aplicámos técnicas anteriormente e o conseguimos, agora também o vamos conseguir perante qualquer situação ou adversidade.

Ana Sofia Leal & Luís Conceição